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Ovo é saudável

O Ovo não aumenta o nível de colesterol no organismo! Este é o resultado de duas pesquisas realizadas nos EUA pela Associação Norte-Americana do Coração e pela Universidade de Harvard.

A Associação Norte-Americana do Coração (American Hearth Association - AHA) E A Universidade de Harvard chegaram a um consenso sobre os possíveis problemas de saúde (leia-se: aumento da taxa de colesterol no sangue) causados pelo elevado consumo de ovos. As duas instituições acabam de divulgar estudos que não apenas descartam distúrbios à saúde, como fazem campanha do ovo para uma dieta saudável.

"A Associação Norte-Americana do Coração recomenda a ingestão de quatro ovos por semana e a Universidade de Harvard vai mais longe e sugere um por dia. O ovo é um alimento rico em proteínas e deve fazer parte da dieta das pessoas de todas as idades", informa Donald McNamara, diretor executivo do ENC-Egg Nutrition Center, dos Estados Unidos.

McNamara esteve no Brasil, participando do II Congresso de Produção e Consumo de Ovos, evento promovido pela Associação Paulista de Avicultura. Segundo o especialista norte-americano, pesquisas como as realizadas pela AHA e Harvard acabam com uma grande injustiça feita ao ovo em todo o mundo.

"A ciência comprova que não há relação entre o consumo de ovos e o aumento do nível de colesterol ruim no organismo. A multiplicação dessa informação é importante para desfazer um equívoco histórico e esclarecer à população que se pode contar com um alimento altamente nutritivo e extremamente barato para compor a dieta diária", afirma McNamara.

Nos Estados Unidos, a divulgação de pesquisas realizadas por médicos está contribuindo para o aumento do consumo de ovos. Em dez anos, a demanda por habitante subiu de 139 para 229 unidades/ano. McNamara utiliza outras estatísticas para reforçar sua argumentação. "O Japão tem o menor índice de doenças cardiácas em todo o mundo.

É também o país onde se mais consome ovos : 328 por habitante/ano. É quase um ovo por dia. Sem qualquer reflexo na saúde das pessoas. Pelo contrário, o ovo reforça, como poucos alimentos a dieta em todas as faixas etárias, fornecendo 6,25 g de proteína completa, proporcionando 15% da quantidade diária de proteína recomendada para o adulto". "O ovo contém proteína alimentar da mais alta qualidade que se conhece.

Em termos de aminoácidos essenciais, só perde para o leite materno. Numa escala em que 100 representa o máximo de eficiência, o valor biológico da proteína contida no ovo é de 93", acrescenta Célio Terra, presidente da Associação Paulista de Avicultura, promotora do II Congresso de Produção e Consumo de Ovos. "O ovo tem importância muito grande no contexto alimentar das várias faixas etárias, especialmente crianças, jovens e idosos.

As novas políticas de segurança alimentar devem contemplar as necessidades nutricionais da parcela da população brasileira alvo de programas especiais, de forma a combater a subnutrição e a fome e proporcionar-lhe alimentação racional, orientada para um melhor padrão no biotipo", ressalta Célio Terra.

A par da qualidade nutricional do ovo, o consumo per capita no Brasil ainda é muito pequeno: em torno de 90 ovos/habitantes/ano. Donald McNamara ressalta que os dois trabalhos da Associação Norte-Americana do Coração e da Universidade de Harvard descartam a relação entre o consumo regular de ovos e o aumento do nível de colesterol, e traçam os novos desafios da avicultura: o food safety. "Mais do que o colesterol, a segurança alimentar é o mais importante aspecto relacionado à qualidade do ovo", diz o especialista.

Uma pessoa sadia é perfeitamente capaz de conservar o colesterol em níveis baixos na corrente sanguínea, mesmo quem o consome em quantidade elevada a partir da ingestão de alimentos rico, como o ovo. "Isso se deve ao fato de o organismo apresentar níveis elevados de lipoproteína de alta densidade (HDL), o chamado colesterol bom, que tem por virtude transportar o colesterol dos tecidos para o fígado, onde é desintegrado", revela McNamara.

Estudos realizados no Brasil pela equipe de nutricionistas do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo chegou a uma conclusão semelhante. O trabalho procurou identificar a influência da ingestão de uma dieta à base de ovos no aumento da taxa de colesterol na corrente sangüinea e concluiu que não há correlação específica na população pesquisada.

Outro trabalho do Egg Nutrition Center valoriza as qualidades do produto. "O ovo contém a proteína alimentar da mais alta qualidade que se conhece. Em termos de aminoácidos essenciais, só perde para o leite materno", completa Mcnamara.

FONTE: REVISTA RURAL